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domingo, outubro 16, 2011

You Will Never Remember The Things I Will Never Forget

E assim, sem mais nem menos, você sente.


Sente o mundo desabar em cima de você, sente todo aquele peso que você carrega sem ninguém notar finalmente te levar pro chão, sente como se o mundo estivesse querendo um pedaço de você.


Você se sente uma decepção. Que sabe nem isso. Para desapontar as pessoas você tem que significar algo para as mesmas.


Percebe que o momento mais feliz que você teve nos últimos tempos foi ouvir, depois de meia garrafa de vodka, seu melhor amigo dizer que te admira. E é isso. É por isso que você ainda levanta, toma banho, e encara o mundo. Porque alguém se importa.


E sem isso?
O que sobra?


Assusta. Esse vazio assusta e muito. E o pior é não saber se é sua culpa. Provavelmente é. 


Sentado num quarto vazio, relendo velhas palavras cheio de arrependimentos, este é o mais novo auto retrato.


Ela devia se importar, não? Bom, não se importa, piora tudo. Não entende, não tenta entender. Pode culpá-la? Pouco provável, já que ninguém percebe. Afinal, não são muitos que vêem as lágrimas por trás da máscara.


Aquela outra via, na época em que dizia gostar de seu sorriso, mas a esta lhe couberam muitas lágrimas de agradecimento e mais importante : não mais se importa.


Ele ainda vê, talvez o único, e é tudo o que importa agora.


Coloca os outros antes de si mesmo, se arrepende, e agora sofre. Ironicamente, não liga mais pra si mesmo. Uma aceitação estranha. Quer apenas vê-lo feliz, porém não sabe nem porque chora, de que jeito ajudará aos outros?


Lhe foi dito que estava fazendo certo. Alívio. Seu Complexo de Messias se acalma, sente quem sabe um pingo de orgulho próprio, por aplacar a dor de quem lhe é tão importante.


Vai durar? Não sabe. Nada parece durar, seja por erro próprio ou alheio. Alguém erra, tudo acaba, bem vindo ao inferno.